O mercado do bom-mocismo

Luiz Felipe Pondé acertou na mosca ao relacionar a perseguição a William Waack a fatores ideológicos e mercadológicos.

Defender gays, negros, veganos e torcedores da Portuguesa deixou de ser sinal de respeito, ética, preocupação social. É interesse financeiro. Criou-se um mercado em torno da moral. E o monopólio desse mercado, como todo monopólio, é venal.

Ninguém discute a atitude de William Waack. Quem fala aquelas bobagens no estúdio da Globo, minutos antes de uma entrada ao vivo, não pode reclamar da sorte. Mas é pertinente - e urgentíssimo - avaliar as intenções dos fiscais da opinião pública que andam por aí.

Como bem disse Bill Maher, no "Real Time" que fechou a temporada 2017, “Nós não podemos permitir que cinco millennials do Huffington Post que se imaginam moralmente superiores obriguem as pessoas a ter opiniões que elas, na verdade, não têm”.