A capa do GloboEsporte.com estampava nesta tarde a seguinte chamada: "Luis Roberto diz que Copa América no Brasil é uma vergonha".
Concordo em gênero, número e grau com o brilhante narrador. Só um país alheio à realidade da pandemia para aceitar um torneio de segunda mão que, do ponto de vista esportivo, só é mais atraente que os campeonatos estaduais. O que chama atenção nessa crítica cobertura do Grupo Globo é que, dias atrás, o mesmo GloboEsporte.com, com entusiasmo justificado, avisava seus leitores que a TV Globo e o SporTV tinham adquirido os direitos de transmissão de todos os jogos das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2022.
Ora, se a Copa América é um despautério, e é mesmo, o que dizer da competição mais manjada -- todo mundo sabe de antemão quais seleções disputarão o mundial -- e arrastada do planeta bola?
É claro: Luis Roberto não é o Grupo Globo -- e o Grupo Globo não é o Luis Roberto. De toda forma, o problema do futebol na pandemia é mais extenso e sério do que parece. Só é uma pena a ciência ser obrigada a escalar Dante e Bernard para jogar por aqui.