Jair Bolsonaro repetiu no "Jornal Nacional" desta quinta-feira a tática utilizada na "Central das Eleições" do último dia 4. Provocado sobre a ditadura, imediatamente sacou o endosso de Roberto Marinho ao golpe de 1964. A cena não foi mais patética que a do começo do mês por um providencial motivo: William Bonner saber ler TP. Miriam Leitão, não.
Se a Globo levanta a bola da ditadura para tirar votos de Jair Bolsonaro, recebe uma cortada do eleitor médio, que está insatisfeito com a política e enxerga no governo militar uma luz no fim do túnel. Se a Globo levanta a bola da ditadura para reconstruir sua imagem, recebe uma cortada dos radicais que vez ou outra depredam carros da emissora e agridem seus repórteres em coberturas ao ar livre.
Por tudo o que representa, a Globo simplesmente não pode ser escada de candidato à presidência. Sobretudo de candidatos que até outro dia tomavam olé dos convidados do "Superpop".