Os números consolidados da audiência dominical confirmaram a má performance do futebol feminino na tela da Globo.
A partida entre São Paulo e Palmeiras, válida pelas quartas-de-final do Brasileirão, deu 12,9 pontos de média no horário cheio, que contempla a abertura da transmissão e as entrevistas do pós-jogo. O índice foi tão baixo que a Globo ficou a um décimo de ser superada pelos conteúdos online, os chamados itens sem referência, que vão da Netflix ao YouTube.
É verdade: "The Masked Singer", que tinha duração menor que o futebol, tinha episódios com 11 ou 12 pontos. A diferença é que Ivete Sangalo enfrentava o Paulistão na Record. Ontem, as meninas de São Paulo e Palmeiras concorreram com Eliana, Rodrigo Faro e eventos esportivos da Band. Concorrentes menos fortes, portanto.
No domingo retrasado, 11 de junho, a Globo exibiu a versão masculina de São Paulo x Palmeiras. Anotou 23 pontos com bola rolando e quase 22 no cotejo geral. O streaming deu 10,6 pontos.
Eu entendo a boa vontade com o futebol feminino, mas matemática é ciência exata. Dizer que os números são mentirosos ou tendenciosos é lacração da mais baixa qualidade --até os times eram os mesmos.
Narrativa não lota estádio, folks.