A Liberty Media pode sorrir. Cedida à Band, a McLaren das redes de TV do Brasil, a Fórmula 1 chega ao GP da Emília-Romanha, o segundo da temporada 2021, habilitada a desbancar SBT, Record e Globo no ibope.
O surpreendente desempenho do GP do Bahrein – 5,2 pontos de média e 11,2% de share – demoliu a crença de que o público da Fórmula 1 pertencia à Globo. Com "Domingo Legal", "Todo Mundo Odeia o Chris" e "Temperatura Máxima" pela frente, a transmissão da Band atingiu o terceiro lugar por 37 minutos, multiplicando por quatro os índices do campeonato italiano. Amanhã, largando ao lado de "Esporte Espetacular", "Notícias Impressionantes" e "Pica Pau", concorrentes menos pujantes, não causará supresa se romper os 11,2% de share e conquistar espaço mais nobre no pódio.
Em quase quarenta anos de Globo, a Fórmula 1 só teve um rival à altura nas manhãs de domingo: "Chaves". Entre 2016 e 2018, o seriado mexicano deu dor de cabeça a Lewis Hamilton dezenas de vezes, batendo 10 pontos de pico contra um aborrecido GP do Azerbaijão. Hoje, não existe nada parecido no recorte matinal. Na briga pela vice-liderança, SBT e Record raramente passam dos 4 pontos entre 10h e 11h. E o enfraquecido "Esporte Espetacular" só é líder por falta de opção – em matéria de share, perde feio para o hipnótico "Globo Rural".
Durante os treinos livres em Ímola, Sérgio Maurício, voz da Fórmula 1 na Band e no Bandsports, deu as boas-vindas à Philco, antiga patrocinadora da Fórmula Mundial, ao rol de apoiadoras da Fórmula 1. Se os números de audiência permanecerem nessa toada e a temporada europeia de corridas não decepcionar, a tendência é que outros anunciantes apareçam no Morumbi.
Bom para a TV, bom para o mercado, bom para o esporte.
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