Parece que alguns jornalistas ainda não entenderam o modus operandi do bolsonarismo e as armas que foram usadas para minar a credibilidade da grande imprensa. Neste domingo, no "Fantástico", a Globo apresentou, como exemplo de atuação do Gabinete do Ódio, um post que ataca a reputação de Che Guevara para endeusar o nazista Adolf Hitler.
Ora, qualquer marsupial sabe que o grande espantalho do bolsonarismo é o comunismo/petismo. Trazer para o debate um texto ginasial, que equipara a geopolítica ao antigo "Domingo Legal", com o time dos reaças substituindo as mulheres e o escrete da FFLCH - USP no lugar dos homens, só serve para desviar a atenção do público e escamotear mais um pouco os tópicos que merecem investigação séria e rigorosa: parlamentares governistas financiam essa rede de mentirosos? Qual a participação da "inteligência" do governo federal na timeline de crimes desses mendigos cibernéticos?
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Depois do travesti Suzy, a Globo deveria pensar 25 vezes antes de ideologizar qualquer pauta. Especialmente uma pauta séria, como essa do Gabinete do Ódio. Em tempos de negacionismo e cloroquina entregue em drive thru, com certeza não daria trabalho buscar exemplos melhores.
A campanha pela reeleição de Bolsonaro, isso que é ironia, começa na boca de quem tenta derrotá-lo.