A deputada Tabata Amaral acionou o Ministério Público contra o comediante Bruno Lambert. O crime cometido por ele? Contar piadas em um comedy club. Eu também ri quando li a notícia, mas logo depois tive um estalo: sou eu quem paga pelo show da parlamentar.
Tabata Amaral escreveu no Twitter: "Liberdade de expressão não é licença pra falas criminosas que ferem o Estatuto da Pessoa com Deficiência. As "piadas" do humorista Bruno Lambert sobre "comer uma cadeirante" são explicitamente capacitistas e machistas. Discriminação não é humor, é crime!".
Também acho que discriminação é crime. Acontece que Bruno Lambert não discriminou cadeirante alguma no palco do comedy club. Ele estava animando um público que saiu de casa para ouvir... piadas. Se elas são boas ou não, sei lá. O que eu sei é que não há razão alguma para uma deputada usar o poder público para censurar um profissional que desempenhava sua função em local adequado --se os comediantes não podem contar piadas em casas de comédia, o que sobrará pra eles? A Câmara dos Deputados? O Senado Federal?