Depois de inúmeros desmentidos -- todos inúteis, como explico AQUI --, a CNN Brasil finalmente demitiu Alexandre Garcia. A notícia, muito festejada nas redes sociais, não deve, em hipótese alguma, ser encarada como um revés na carreira do jornalista. É questão de tempo para ele repetir Rodrigo Constantino e aparecer em outro veículo de comunicação. Com um plus fundamental no imaginário bolsonarista: a medalha de cancelado.
Os apoiadores do presidente da República assistem TV esporadicamente -- os índices risíveis de "Agora com Lacombe" e "Opinião No Ar" estão aí para não deixar dúvidas. Presenças como a de Garcia na "mídia mainstream" atendem a um único interesse: credibilizar teses absurdas, como a da eficácia do kit covid, com as marcas de seus empregadores. Se um desses jornalistas com jota minúsculo perde o emprego, o que acontece muito raramente, a base espalha a narrativa da "perseguição do establishment" e corre para o abraço da monetização fácil.
Em suma, Alexandre Garcia não caiu. Só está temporariamente offline. É questão de tempo para ele ser absorvido por uma RedeTV! ou uma Jovem Pan. Até isso acontecer, dá-lhe coitadismo.