CNN Brasil sabia o que estava fazendo quando contratou Alexandre Garcia

Muita gente vibrou com o sabão que a CNN Brasil passou em Alexandre Garcia na última quinta-feira. Não entendi o porquê. Corrigir informações erradas de repórteres e colunistas é obrigação de qualquer empresa especializada em jornalismo. Assumir erros é honroso, mas só faz isso quem erra. E erros não podem ser bem-vindos no jornalismo.

A reação da CNN Brasil à besteira proferida por Alexandre Garcia também é, em certa medida, estranha. Garcia não amanheceu bolsonarista na manhã de quinta-feira. Desde o início da pandemia, em 2020, ele é festejado pela torcida organizada do presidente da República. Quem o contratou sabia o que vinha dentro do pacote. Podá-lo agora é quase desleal.

Há alguma pressão na internet para a CNN Brasil fazer algo em relação a Alexandre Garcia. Se ele sair de lá, não terá dificuldades para se empregar na Jovem Pan, que ainda sonha com a TV própria, ou em outro canal aberto ou pago. À CNN Brasil, que acaba de trocar de CEO, cabe a seguinte reflexão: o opinionismo das redes sociais faz bem ou mal ao jornalismo?