"Titanic" é o blockbuster que não naufraga

De volta ao arquivo da Globo, "Titanic" é imponente. Recordista absoluto de semanas em primeiro lugar nas bilheterias do Brasil e dos EUA, o suntuoso romance dirigido por James Cameron era capaz de lotar locadoras e tirar a MTV do traço. Até o Tiririca fez graça ao som de "My Heart Will Go On", enquanto encoxava Rossicléa no "Sabadão". Um desfiladeiro pop.

"Titanic" é um sucesso planejado. A direção de arte apurada, os efeitos visuais inovadores, a fotografia espetacular e a direção sensível velejam lado a lado com um enredo simples, mas à prova de icebergs. James Cameron não queria ganhar o Oscar de melhor roteiro com uma história de amor banal como a de Jack (Leonardo DiCaprio) e Rose (Kate Winslet). Queria tomar o imaginário do público. E assim o fez. Do "i'm flying" à primeira noite de sexo dos protagonistas, passando pelo chilique do chifrudo e insensível Cal no café da manhã, são muitas as cenas que ganharam a eternidade. Há quem, vinte e seis anos depois, ainda chore com o abraço dos velhinhos da terceira classe.

A versão integral de "Titanic" está disponível no Star Plus.