Maior adversário de Faustão nas tardes de domingo, Gugu Liberato não pôde se despedir do público do "Domingo Legal" e teve sua saída para a Record antecipada pelo SBT.
A situação vivida pelo ex-pupilo de Silvio Santos em 2009 foi, a exemplo do que ocorre hoje com Fausto Silva, motivada pela estratégia.
Ciente de que Gugu ocuparia a faixa noturna na Record, Silvio Santos promoveu uma revolução na grade do SBT antes de tomar Eliana da rival. Primeiro, remeteu o "Domingo Legal", ainda com Gugu, para seu horário de origem, meio-dia. Em seguida, promoveu o retorno do "Programa Silvio Santos", numa maratona de seis horas de duração que começava às 16h e só acabava quando a "Sessão das Dez" ia ao ar.
A troca não fez tão mal a Gugu à primeira vista. Ainda que exilado em um horário com menos televisores ligados, o apresentador conseguia vencer a Globo por alguns minutos e conservou parte de seu apelo comercial. Duas semanas depois da troca, entretanto, definiu-se que era melhor encerrar de vez a parceria.
"Depois de selarmos o fim do contrato, eu e Silvio nos abraçamos e demos as mãos. Foi uma coisa muito simpática", disse Gugu à época.
A estratégia do SBT, não se pode negar, deu certo. Gugu estreou nas noites da Record incomodando a Globo, mas não suportou os duelos com "Programa Silvio Santos" e "Pânico na TV". Devolvido para as tardes de domingo em 2010, saiu de cena em 2013, voltando à emissora de Edir Macedo dois anos depois.
Com Faustão fora do ar, Luciano Huck, que nada tem a ver com essa mexida de tabuleiro, ganha a chance de estrear seu novo programa a um público um pouco menos órfão do "Domingão". Cenário ligeiramente menos desafiador que o que ele encontraria se Fausto Silva permanecesse no ar até dezembro e, em seguida, migrasse instantaneamente para a Band.