Jerry Springer era descrito no Brasil como o pai do Ratinho e da Marcia Goldschmidt. Difícil imaginar um equívoco maior. “Hora da Verdade” bebia da fonte de “Geraldo”. E “Ratinho Livre” é mais brasileiro do que americano, gostemos ou não.
Sempre polêmico, cínico e fanfarrão, qualidades fundamentais a todo bom apresentador, Jerry Springer surpreendeu muita gente ao levar à TV, em 22 de outubro de 1997, seguidores da racista, criminosa e nojenta Ku Klux Klan.
Antes que os jornalistas americanos que cobriam mídia na época pudessem abrir o Word para criticar aquela bestialidade, Jerry Springer saiu (só um pouquinho) do personagem e descascou a Ku Klux Klan, insuflando a plateia, composta por negros e latinos, a dar uns cascudos em seus convidados fantasiados.
Infelizmente, não existem registros na íntegra desse magnânimo momento da TV americana. Resta o monólogo de Springer e a certeza de que a sarjeta do mundo era mais limpa em 1997.