1993. Sem receber salários da rede OM, Galvão Bueno deixa o projeto de TV do ex-presidente Collor e retorna ao eixo São Paulo - Rio de Janeiro. Das cinco redes nacionais da época, quatro enviaram propostas para o narrador. Das quatro propostas, uma era pura ousadia.
Cheia de dívidas, a Manchete apostava no esporte para recuperar a lucratividade da época de "Pantanal". Incapaz de brigar pelos direitos de transmissão dos grandes eventos, a emissora do grupo Bloch investiu todo o dinheiro na Fórmula Indy. Levou o bolo para casa, mas ficou sem a cereja.
Para tornar a categoria atraente como a Fórmula 1, a diretoria da Manchete queria Galvão Bueno no comando das corridas, atuando para familiarizar o telespectador à rotina de bandeiras amarelas dos circuitos ovais.
O convite, como se sabe, não seduziu o narrador, que preferiu o caminho mais seguro: fazer as pazes com a Globo.