Demitido da CNN Brasil, Leandro Narloch culpou a cultura do cancelamento pela decisão anunciada na tarde desta sexta-feira.
"A cultura do cancelamento me pegou. A CNN informou agora que, depois da polêmica desta semana [sobre a doação de sangue por homossexuais], decidiu rescindir meu contrato. Lamento pelo motivo. Não sou nem fui homofóbico", argumenta.
"Me preocupa o clima da sociedade, em que é impossível discordar até mesmo de termos ou terminologias sem causar histeria, sem que o outro lado seja considerado um monstro a ser banido", prossegue.
"Agradeço todos os colegas da CNN e amigos que expressaram apoio e tristeza pelo que ocorreu", encerra.
A polêmica em questão teve início no "Live CNN" de quarta-feira, quando Narloch disse que os homens gays "têm uma chance muito maior de ter Aids".
"Em 2018, uma pesquisa mostrou que 25% dos gays de São Paulo eram portadores de HIV", quis se explicar.
A frase rapidamente viralizou no Twitter, incomodando a cúpula da CNN Brasil.
A diretoria do canal pago evitou comentar o caso na nota que oficializou a saída de Narloch. Apenas desejou boa sorte ao ex-comentarista e agradeceu pelo tempo dedicado nos últimos meses.