A predisposição ao choro marcou o trabalho da Globo nos Jogos Olímpicos de Paris. Repórteres, comentaristas, locutores... quase todos, em algum momento, deram o ar da graça (ou das lágrimas) para as câmeras. Comportamento descabido. E brega.
Emocionar o público sem perder o nível é difícil. Fosse fácil, Galvão Bueno não custaria tão caro. Mas faltou o bom e velho freio inibitório à equipe olímpica da Globo. Um direcionamento do tipo: se você está mais emocionado do que o atlético premiado (ou derrotado), pare. Estes são os Jogos de Paris. Não os blocos finais do "Geral do Povo".
Se a TV perdeu a dosimetria das emoções, o rádio surpreendeu positivamente. O jovem Pedro Ramiro, da Bandeirantes, é um talento da narração em constante evolução. É questão de tempo a chegada dele à TV aberta --no Bandsports, canal pago, já é possível acompanhá-lo.