Os esquerdistas que atacam a entrevista do narajanito Fabrício Queiroz a Débora Bergamasco e querem colocar no SBT o apelido "Sistema Bolsonaro de Televisão" não estão preocupados com independência jornalística, como pateticamente tentam sugerir.
Débora Bergamasco é detestada pela esquerda desde o dia em que escreveu, na IstoÉ, uma reportagem sobre os bastidores do vendaval que varreu Dilma Rousseff para fora do Palácio do Planalto. Mesmo que tivesse desferido um tapa na cara e espremido (perdão pelo trocadilho) Fabrício Queiroz até arrancar uma confissão de crime, ainda seria chamada de chapa-branca. É questão pessoal. Não profissional.
Sob o aspecto jornalístico, Débora não deixou a desejar. Fez as perguntas que deveria fazer e ficou sem as respostas que deveria ouvir. Para a combalida imagem de Flávio Bolsonaro, a impressão do público foi a pior possível. A justificativa para a movimentação atípica apontada pelo COAF - revenda de carros - amplia a dor de cabeça dos advogados de Queiroz. A omissão na pergunta sobre os depósitos da filha, Nathalia, é outro prato cheio para o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro.
O SBT trata Bolsonaro da forma como tratou Temer. E como tratou Lula antes e depois da presidência da República. Ou a arquibancada esquerdista já se esqueceu das entrevistas de Lula a Kennedy Alencar, sempre exibidas no SBT, quando a inimiga número um do PT era a TV Globo?