Luciano Huck está fora da corrida presidencial. A Pedro Bial, na edição desta terça-feira do "Conversa Com Bial", o apresentador deu um chapéu na terceira via e disse sim para o desafio "mais importante" de sua carreira: ser o principal nome dos domingos da Globo a partir de 2022, sucedendo Faustão como grande nome da linha de shows da TV.
Desde a presepada de Gugu com os falsos meninos do PCC, em 2003, a batalha dos domingos só perde em qualidade e emoção. "Domingo Espetacular" e "Pânico na TV" trouxeram algum brilho à terceira via do ibope, mas nunca rivalizaram de forma consistente com o "Telegrama Legal" e as "Videocassetadas". Nesse sentido, a chegada de Luciano Huck à arena é o grande reset do mercado. E esse reset, por um fator externo, recebeu um ingrediente a mais.
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Substituir Faustão é difícil. Ninguém fica 32 anos no ar -- 28 deles isolado em primeiro lugar -- sem criar laços com o público. Substituir Faustão sabendo que já existe um suplente por aí é ainda mais difícil. E o suplente em questão tem nome e sobrenome: Tiago Leifert. Chamado para apresentar de forma extraordinária o "Domingão" da semana passada, o Mr.BBB devolveu ao público a leveza e a naturalidade dos bons programas de auditório, sendo recompensado com uma surpreendente vitória sobre o SBT, que transmitia com exclusividade para a TV aberta o jogo Brasil x Venezuela.
Acumulando derrotas para Raul Gil e Robinson 'Pra Sempre Vou Te Amar' Anjo, Luciano Huck contou com a boa vontade da Globo para manter o "Caldeirão" no ar entre 2000 e 2001. A importância comercial do domingo e a sombra de Tiago Leifert impedem a emissora de conceder outra colher de chá dessas. À terceira via resta apenas uma opção: ser eleito o presidente do domingo em primeiro turno.
Reinventar o capitalismo pode ser mais fácil.