Televisão

CNN Brasil sai desmoralizada da cobertura dos protestos nos EUA

Se GloboNews e Band News dedicaram horas e mais horas à cobertura dos protestos antirracistas que tomaram conta dos EUA neste fim de semana, a CNN Brasil preferiu manter a grade de programação normal. Enquanto a concorrência transmitia, muitas vezes com imagens próprias e apuração in loco, a maior movimento social de 2020, a "maior […]

Se GloboNews e Band News dedicaram horas e mais horas à cobertura dos protestos antirracistas que tomaram conta dos EUA neste fim de semana, a CNN Brasil preferiu manter a grade de programação normal. Enquanto a concorrência transmitia, muitas vezes com imagens próprias e apuração in loco, a maior movimento social de 2020, a "maior do mundo" ofereceu ao público outro episódio do aborrecidíssimo "O Mundo Pós-Pandemia" e mais um bloco de documentários legendados.

Ora, quem investe milhões de reais em equipamentos, estabelece parcerias com produtoras de ponta e contrata jornalistas e comentaristas a peso de ouro não pode afundar a cabeça no travesseiro em meio ao turbilhão. Uma coisa é abrir mão da cobertura do caso George Floyd para acompanhar o protesto da ex-Superpop Sara Winter – seria uma escolha editorial, ainda que questionável. Outra, bem diferente, é a letargia. Em outras palavras: não adianta preencher 17 horas de programação ao vivo com debates ruins. O que o assinante quer é hard news.

Quem acusa a CNN Brasil de ser a filha bastarda da CNN americana comete, de fato, uma monumental injustiça. Preguiçosa desse jeito, ela está mais para a prima da Record News.