O governo federal, informa a nada esquerdista "Gazeta do Povo", avalia "a criação de um jornal de boas notícias na TV Brasil, canal público de televisão ligado ao Ministério das Comunicações".
"O presidente Jair Bolsonaro e seus auxiliares são críticos da cobertura da imprensa sobre a pandemia. O nome do telejornal de boas notícias já está definido: Bom de Ver. As gravações do piloto, espécie de versão de teste, já foram feitas", arremata a publicação.
O bolsonarismo chegou ao Poder prometendo muitas coisas difíceis – combate à corrupção, privatizações de todos os tipos, crescimento econômico condizente com as demandas do país – e uma bem simples: a extinção da TV Brasil. Está, como esperado, longe de fechar a primeira coluna e chutando a bola para a direção inversa da segunda.
A TV Brasil é um fiasco de audiência. Mês passado, na pesquisa nacional da Kantar Ibope Media, atingiu apenas 0,21 ponto de média no recorte das 6h às 6h. Sem "Os Dez Mandamentos", exibida em horário nobre, não rasparia nem 0,2 ponto. Pelo custo representado aos cofres públicos, deveria estar na lata do lixo há mais de uma década. Inexplicavelmente continua aí, consumindo o que não temos.
Desde o anúncio do "Bom de Ver", dezenas de opositores reclamaram do uso político da TV Brasil e dos riscos à democracia causados pelo jornalzinho, que pode ou não sair da prancheta. Sou muito mais tranquilo nesse ponto. Se a novela campeã de audiência da Record sofre para dar mais de um ponto de média em São Paulo e Rio de Janeiro, com certeza não será o jornal da paróquia federal que rivalizará com as grandes redes de TV aberta. A questão é muito mais objetiva: os insucessos de Globo, SBT, Band, Record, Gazeta e RedeTV! não oneram nossos bolsos. Tudo o que grassa na TV Brasil, sim.