Sociedade

Prender Léo Lins é prender todos nós

Vários jornalistas e comediantes aplaudiram a condenação de Léo Lins pelo crime de contar piadas em um show de humor. Para essa escumalha, a justiça deu show ao equiparar a verdade à ficção —piadas são criações ficcionais— e ao violar a liberdade de expressão em nome de subjetividades efêmeras, populistas, sem sentido teórico ou prático. […]

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Vários jornalistas e comediantes aplaudiram a condenação de Léo Lins pelo crime de contar piadas em um show de humor. Para essa escumalha, a justiça deu show ao equiparar a verdade à ficção —piadas são criações ficcionais— e ao violar a liberdade de expressão em nome de subjetividades efêmeras, populistas, sem sentido teórico ou prático. Hoje, a autocracia fere um comediante que não pertence à patota do bem, ao grupelho que, assustada com a força independente das mídias digitais, brada pela censura. Amanhã, a autocracia pode ferir você. O Brasil, país em que os maus exemplos abundam, está incentivando o “cada cabeça uma sentença”. Só que nós temos muitas cabeças. E elas quase sempre são ocas.