Léo Lins comenta demissão no SBT e cultura do cancelamento

Léo Lins deu uma longa entrevista ao "Pânico" nesta terça-feira (12) e abordou, entre outros assuntos, a sua saída do programa "The Noite". O comediante explicou ao público que "Humor não tem limite. Ambiente, sim" e manifestou gratidão ao SBT.

"Eu tenho gente que trabalha na minha rede social cortando piadas para repostar. Uma pessoa cortou o video [com a thumbnail "Teleton"] e subiu (...) Aí eu recebi uma ligação e falei 'Putz, até imagino o que é'. Eu não quero trazer problema pra empresa, então falei pra tirar de lá", explicou.

"Alguém no SBT, não sei quem, não gostou do vídeo. E eles estão no direito de fazer isso [...] Não fui censurado. Censura vem do Estado", resumiu.

A respeito da cultura do cancelamento, Léo Lins produziu um vídeo sobre as cobranças que os comediantes recebem quando estão nos palcos.

"Se eu não posso fazer piada num show de humor, daqui a pouco não vai poder ter morte em filme de terror. E, acredite, já está acontecendo isso. Olha o grau da loucura que estamos chegando. Alguém precisa parar isso. No último filme do 'Halloween', houve uma petição para remover uma das mortes, alegando que ela era brutal. Pô, é um filme do 'Halloween'! Eu quero ver uma morte brutal. Agora o Michael Myers vai matar as pessoas como? De susto? É uma ficção, pelo amor de Deus! Assim como o trabalho do humorista no palco".

"A piada de hidrocefalia não foi sobre uma pessoa específica. Essa criança da piada nem existe. Eu apenas fiz uma relação entre seca e água. E eu tenho empatia com as pessoas. Tanto tenho que tomo cuidado pra ninguém que possa se machucar com a piada a ouça", concluiu.

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