Sociedade

Linchamento público de Suzy é culpa do "Fantástico", não da internet

O advogado Thiago Amparo escreveu na Folha desta segunda: "A internet é hoje a grande praça pública onde linchamentos ocorrem. Eu te vejo, leitor: na luz dos olhos teus refletem os olhos dos transeuntes franceses do século 17. O prazer que te sentes com o horror do espetáculo público de linchamento. Percebes, leitor, com quem […]

O advogado Thiago Amparo escreveu na Folha desta segunda:

"A internet é hoje a grande praça pública onde linchamentos ocorrem. Eu te vejo, leitor: na luz dos olhos teus refletem os olhos dos transeuntes franceses do século 17. O prazer que te sentes com o horror do espetáculo público de linchamento. Percebes, leitor, com quem teve a falsa inocência retirada à força, que pessoas presas como Suzy Oliveira possam ter realizado um ato barbárico como foi o ato por ela cometido e que por lei corretamente hoje paga".

Que a internet é um coliseu piorado, com direito a menções ao pinto do Caio Blat a cada 2 semanas, ninguém discute. Mas precisamos ser justos. O problema começou na ilha de edição do "Fantástico". Nada disso teria acontecido se o produto exibido em 1˚ de março não lembrasse uma reportagem de luxo do velho programa de Geraldo Luís. O resultado prático dessa trapalhada? Antes, os telespectadores choravam de emoção. Agora, com tudo o que se sabe sobre o caso, choram de raiva. Não por Suzy ser trans. Mas por terem comprado um produto e recebido outro.

A TV cometeu um ato barbárico.