A Folha de São Paulo trocou a informação pela lacrada. Domingo, horas após o anúncio da morte de Jerry Lewis, publicou um artigo raso e estúpido sobre o comediante, tirando de contexto frases sobre política e forjando homofobia em piadas comuns.
Que o jornalismo brasileiro é um arremedo do que era praticado 15, 20 anos atrás, não há dúvidas. Mas a desonestidade das pautas politicamente corretas tem passado dos limites. Resumir a vida pessoal do criador do Teleton a arroubos - falsos - de preconceito é enganar o público e desrespeitar a trajetória de um homem envolvido em causas sociais reais, que passam longe do virtuosismo de fachada das redes sociais.
O bom-mocismo do webjornalismo tupiniquim é abjeto. Abjeto e mais danoso do que qualquer piada de humor negro contada por um comediante - seja ele o rei Jerry Lewis ou o novato que faz stand-up nos bares de São Paulo.