Morreu neste sábado, aos 85 anos, o publicitário, jornalista e escritor Enio Mainardi. A notícia foi confirmada por Diogo Mainardi, seu filho, em postagem publicada em "O Antagonista".
Enio é criador de alguns dos slogans mais bem-sucedidos da história da propaganda brasileira. Do rol de trabalhos populares, destaca-se a peça "Tostines vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais", disponível no fechamento desta nota. Cica, Liza e Smirnoff também passaram pela Proeme, agência conzuida por ele na década de 1970. As campanhas bem-sucedidas chamaram atenção da Interpublic, que adquiriu a Proeme e nomeou Enio diretor mundial de criação.
Em 1989, depois de uma passagem por Nova York, Enio retornou ao Brasil para fundar a Mainardi Propaganda. Dona de quatro importantes contas do mercado (a saber: Perdigão, Polenghi, Banco Panamericano e Absoluto), a agência passou para as mãos da NewcommBates, de Roberto Justus, uma década depois, em negociação amplamente repercutida pela imprensa especializada.
Autor de dois livros de poesias (Nenhuma Poesia é Inocente, de 2007, e Nix, de 2014) e de uma coletânea de crônicas (O Moedor, de 2013), Enio estava internado com Covid-19. Ele deixa três filhos e três netos.