O "one-two-tcha-tcha-tcha" de "Medellín" não está à altura do "time goes by so slowly" de "Hung Up", mas "Madame X" é, com sobras, o melhor trabalho de Madonna desde "Confessions On A Dance Floor".
Das quinze faixas do álbum, que acaba de chegar às lojas e plataformas, somente três depõem explicitamente contra a rainha do pop: "Future" (parece um reggae remixado pela Paradoxx Music), "Batuka" (talvez funcionasse na trilha de "O Rei Leão") e "Faz Gostoso" (Lady Lu e Mister Sam gravariam algo melhor).
Os trunfos de "Madame X" são a disco music e as críticas ao conservadorismo, armas que Madonna domina com primazia. "Dark Ballet", ópera pop favoritaça ao VMA deste ano, e "God Control" são tão marcantes que poderiam estar em "Like A Prayer" ou "Ray of Light". "Extreme Occident" e "Killers Who Are Partying" também chamam atenção, eclipsando "Bitch I'm Loca" e "Crave".
Aos 60 anos, Madonna está de volta. Contemporânea e em excelente forma.