A Saraiva fechou no último domingo (2) a MegaStore de Sorocaba. Instalada no Shopping Iguatemi, a loja oferecia um reduzido mix de produtos havia pelos menos dois anos. Os DVDs e CDs vendidos nos primeiros anos de atividade foram substituídos por livros de autoajuda. A seção de games e materiais de informática, igualmente esvaziada, passou a abrigar materiais escolares e itens de escritório, como canetas e pastas.
A crise dos shoppings culturais começa na década passada, com a digitalização da indústria do entretenimento e a recessão econômica do segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff. Nem a FNAC, que sempre investiu em gadgets e eletrônicos a fim de diversificar o portfólio para os consumidores, conseguiu sobreviver. Hoje, Saraiva e Cultura tentam convencer as editoras de sua importância, enquanto lojas menos espalhafatosas, como Martins Fontes, Travessa e Leitura superam o apelo da Amazon oferecendo o básico.