Saraiva fecha lojas físicas e se aproxima da falência

A Saraiva fechou as cinco últimas lojas físicas de seu portfólio e está a poucos passos de sair de vez do mercado. A operação digital da empresa continua ativa, mas os últimos números são péssimos --vendas líquidas de R$ 100 mil e prejuízo geral de R$ 16 mi no segundo trimestre de 2023.

Segundo o PublishNews, principal site do segmento editorial no Brasil, os funcionários dispensados nos últimos dias não receberam as verbas rescisórias, avolumando as pendências trabalhistas da Saraiva. Na última terça-feira, 19, a empresa admitiu, em documento público, que parte do conselho de administração está sem receber salários e que renúncias são esperadas nos próximos dias, colocando em xeque o plano de recuperação judicial assinado anos atrás.

Concorrente da Livraria Cultura, que também corre dos credores, e da extinta FNAC, a Saraiva é a megastore mais encalacrada do mercado. O agressivo plano de expansão de lojas iniciado na década passada deu em nada devido ao avanço do e-commerce e da digitalização da indústria cultural --e-books e plataformas de streaming substituíram os DVDs, CDs e livros. As investidas em papelaria (domínio da Kalunga) e tecnologia (nicho da Fast Shop) aceleraram a corrida rumo ao precipício.