Acusado de promover pornografia infantil, "Anjos Proibidos" continua à venda no Mercado Livre

"Anjos Proibidos", livro de Fábio Cabral acusado de promover pornografia infantil, saiu do catálogo da Amazon em razão da campanha liderada esta manhã nas redes sociais, mas segue à venda no Mercado Livre. O título, comercializado de forma independente, é oferecido pela bagatela de R$ 20 mil.

O Teleguiado encontrou o exemplar à venda em uma pesquisa realizada às 16h00, quando a #SeExplicaAmazon estava na descendente dos assuntos mais comentados no Twitter. Consultado às 16h05, o Estante Virtual não tinha exemplares de "Anjos Proibidos" em oferta.

Lançado em 1991, "Anjos Proibidos" reúne retratos de 25 meninas -- a metade delas com idades entre 10 e 12 anos -- em posições eróticas. Na ocasião do lançamento, as 500 cópias do livro foram apreendidas pelo curador de menores, que abriu um processo criminal baseado no artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que sugere pena de reclusão e multa a quem vende  (ou expõe à venda) fotos, vídeos ou outros registros que contenham cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente.

Fábio foi inocentado da acusação em 1993, mas só ressurgiu no cenário cultural em 1995, quando a mostra "Anjos Proibidos" estreou na Li Photogallery, em São Paulo. Naquela época, uma cópia de "Anjos Proibidos" custava R$ 100,00, o equivalente a um salário mínimo.

Entrevistado pela Folha de S. Paulo, Cabral disse que não quis escandalizar o público com o projeto.

"A sensualidade da mulher começa a se revelar na adolescência e, demonstrei esse fato pelas imagens", explica Cabral.

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