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UOL dá pedalada no ibope e favorece Felipe Neto

O texto acima, publicado no UOL, contém uma "pedalada" estatística. Um ponto de audiência no PNT, que reúne os 15 terminais de medição da Kantar Ibope Media, representa 260,5 mil domicílios e 703,1 mil espectadores. Para chegar aos 3,2 pontos projetados na reportagem, o youtuber deveria atingir 833,6 mil domicílios e 2,25 milhões de espectadores. […]

O texto acima, publicado no UOL, contém uma "pedalada" estatística.

Um ponto de audiência no PNT, que reúne os 15 terminais de medição da Kantar Ibope Media, representa 260,5 mil domicílios e 703,1 mil espectadores. Para chegar aos 3,2 pontos projetados na reportagem, o youtuber deveria atingir 833,6 mil domicílios e 2,25 milhões de espectadores. Os números da própria reportagem, se é que isso é uma reportagem, escancaram a distância.

"Ah, mas e se o redator queria estabelecer um paralelo com São Paulo?".

O caso, então, é ainda pior, pois o texto omite a referência da métrica. Ademais, comparar o ibope de São Paulo, que é calculado em cima de uma amostra, ao "ibope" da internet, que é global e livre de auditorias, é uma gigantesca forçação de barra. Laranja é uma coisa. Abacaxi é outra. Quem passa pelo ensino básico aprende isso no segundo ou terceiro mês.

Em tempo: 3,2 pontos em São Paulo contemplam 650 mil espectadores, não 600 mil. Se apenas paulistanos estivessem prestigiando a live, o ibope acusaria 2,95 pontos. Outra imprecisão, portanto.