Sobre o que vem acontecendo com Renata Vasconcellos e William Bonner

21 de maio. William Bonner, âncora do "Jornal Nacional", vai ao Twitter e revela que bandidos usaram o nome e o CPF de seu filho, Vinicius Bonner, para requerer o auxílio emergencial do governo federal.

“Quem quer que tenha inscrito o nome do meu filho neste programa pertence a um grupo, ou agiu solitariamente, não com a intenção de botar o dinheiro no bolso. Ele fez isso para que o filho do âncora do Jornal Nacional e da apresentadora de entretenimento da Globo aparecesse como alguém que tivesse feito algo muito feio e encurralasse essas pessoas”, disse ele, dias depois, na entrevista que concedeu a Pedro Bial.

10 de junho. Renata Vasconcellos, âncora do "Jornal Nacional", deixa a redação para acalmar o bandido armado que invadiu a sede da Globo no Rio de Janeiro e fez de refém a repórter Marina Araújo. Situação de pura tensão, que felizmente não terminou em tragédia.

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Desde o início da pandemia, a tropa de choque do governo federal intensificou o ataque a jornalistas de Globo, Folha e Estadão. Era sabido que, uma hora, esse péssimo exemplo vindo de cima entusiasmaria os louquinhos espalhados por aí. Hoje, Renata Vasconcellos teve de se arriscar, ao lado da Polícia Militar, em uma missão de resgate de elevado risco. E amanhã?

Isso não é normal. E não pode ser encarado como se fosse. Ou pudesse ser.

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Em nota publicada no Twitter, Jair Bolsonaro disse repudiar "qualquer ato de violência contra profissionais de imprensa, o que vai na contramão de nossa defesa histórica e irrestrita da liberdade de expressão e de informação, seja a favor ou contra qualquer governo".

Agora é tarde, presidente.

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