A mídia que criminaliza piadas e minimiza ataques a promotores públicos

Assim a Folha de São Paulo repercutiu o ataque de Ciro Gomes ao promotor - promotora, na verdade - que solicitou a abertura de um inquérito para apurar se houve ou não injúria racial no caso "capitãozinho do mato".

A agressão verbal a uma promotora que em nenhum momento demonstrou parcialidade e má-fé é, por si só, absurda. Colocar o gênero da vítima em destaque, como se fosse razoável atacar um homem, é que é bizarro.

A notícia não é a confusão mental ou a falta de cavalheirismo do pré-candidato. É o rompante autoritário, o descompasso que permite a ele anunciar o fim da "mamata" de um integrante do Ministério Público.

A mídia que teoriza e destrincha piadas e textos ficcionais não pode minimizar ataques do tipo.