Folha desbrava laranjal e espreme primeiro cardeal do governo Bolsonaro

A sólida e solitária cobertura da Folha de São Paulo a respeito do laranjal do PSL atingiu em cheio o Palácio do Planalto.

Por mais que a família Bolsonaro negue a importância e a influência de Gustavo Bebianno, ministro demitido extraoficialmente na última sexta-feira, aliados do presidente temem que parte do PSL vire a casaca e passe a alimentar a oposição com informações sigilosas e, em casos extremos, votos contrários às pautas de interesse do governo.

Gustavo Bebianno não tem, aparentemente, o potencial destrutivo de Roberto Jefferson, mas demonstra disposição de sobra para dinamitar a imagem de Jair Bolsonaro. Das muitas queixas vazadas por ele no fim de semana, duas chamaram atenção pela objetividade: "(Bolsonaro) é uma pessoa louca, um perigo para o Brasil", publicada por Lauro Jardim, e "Eu deixei de estar com meu pai na morte dele para estar com o Jair", repercutida por Guilherme Amado. Pouca mágoa?

A sabedoria popular diz que uma laranja podre contamina todo o cesto. Descobriremos, mais adiante, o impacto da colheita da Folha de São Paulo.