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Catraca Livre e TV Foco noticiam falso assédio sexual

O Catraca Livre e o TV Foco noticiaram um caso falso de assédio sexual entre a repórter Fabiola Andrade, da Globo, e um colega de trabalho. A acusação, desmentida pela própria vítima do "crime", foi baseada em imagens divulgadas nas redes sociais. A Globo, ciente da gravidade das publicações, reuniu provas e ouviu os profissionais […]

O Catraca Livre e o TV Foco noticiaram um caso falso de assédio sexual entre a repórter Fabiola Andrade, da Globo, e um colega de trabalho. A acusação, desmentida pela própria vítima do "crime", foi baseada em imagens divulgadas nas redes sociais.

A Globo, ciente da gravidade das publicações, reuniu provas e ouviu os profissionais envolvidos no caso, fabricado por twitteiros e repercutido por jornalistas irresponsáveis. Em nota divulgada na tarde da última terça-feira, a empresa concluiu que "diferentes ângulos e imagens com qualidade melhor mostram nitidamente que o auxiliar de câmera está manipulando os cabos do microfone e que não houve qualquer desrespeito, o que já foi reconhecido pela própria repórter em suas redes sociais".

Informado da acareação, o Catraca Livre correu para jogar a sujeira debaixo do tapete. Sem alterar a URL da publicação, reescreveu o texto, transferindo para "um internauta" a responsabilidade da acusação.

A "chinelagem" do Catraca: nova abordagem, mesma URL. Ética? Desculpa, eles só cobram isso dos concorrentes.

Quem acessa a versão antiga do post, disponível em sites que republicam o conteúdo do Catraca Livre, não encontra as palavras polidas da edição recauchutada. Para se ter ideia, o primeiro parágrafo, reproduzido parcialmente no print abaixo, sentenciava a ocorrência do assédio.

Print do Google traz a abertura da versão original da notícia do Catraca Livre. Responsabilidade? Cadê?

O TV Foco, mais de seis horas depois da divulgação da acareação liderada pelo Grupo Globo, não inseriu qualquer notificação na postagem original, repassando ao leitor a responsabilidade de navegar e encontrar a informação completa.

Acusar um profissional de assédio sexual sem provas cabais é simplesmente injustificável e vergonhoso. É necessário um novo escândalo "Escola Base" para o bom senso voltar a imperar?