Última vitória de Senna no Brasil amassou SBT, "Fantástico" e "Os Simpsons"
A emocionante vitória de Ayrton Senna no GP do Brasil de 1993, a última do tricampeão em Interlagos, deu um banho de audiência nas rivais da Globo. A transmissão, contando o pré-show comandado por Galvão Bueno, de volta à emissora após a bancarrota da rede OM, cravou 39 pontos de média e 68% de share. A corrida em si deu mais de 40. Os picos, nas últimas voltas, beiraram os 50.
A briga de Ayrton com o carro, visivelmente inferior ao equipamento de Alain Prost, foi a atração da Globo mais sintonizada na Grande São Paulo em 28 de março de 1993, superando "Domingão do Faustão" (54%), "Fantástico" (54%), "A Família Dinossauro" (55%), "Globo Ecologia" (61%) e "Globo Ciência" (62%), tradicionais líderes da TV. Em pontos, perdeu apenas para a série de Dino da Silva Sauro --41 a 39--, exibida no horário nobre. Um arregaço, sentido inclusive pelo SBT.
A rede de Silvio Santos desistiu da briga com Senna antes mesmo da corrida começar. O "Domingo Legal" sofreu um corte de 25 minutos, para poupar material, e o "Programa de Vídeo", espécie de "Encrenca" da era do VHS, assumiu o volante. Os dois programas, que oscilavam entre 12 e 15 pontos, atormentando "Os Simpsons" (19) e "Temperatura Máxima" (19), apanharam de 40 a 11.
A enorme audiência do GP do Brasil impulsionou o "Domingão do Faustão", que cravou 33 pontos de média, e destruiu o restante da programação do SBT. Silvio Santos só sentiu o gosto da liderança no fim da noite, com a "Sessão das Dez".