Problema do "TV Fama" é o horário, não Julio Rocha

Contratado para apresentar o novo "TV Fama", Julio Rocha rescindiu contrato com a RedeTV! e está à disposição do mercado. A princípio, Alinne Prado e Lígia Mendes, suas ex-colegas, permanecerão sozinhas à frente da atração, mas o futuro pertence a Deus -- e só a Ele.

Não é preciso ser muito esperto para saber que o problema do "TV Fama" está na grade de programação, não nos créditos iniciais. Um programa de fofocas jamais prosperará dividindo público com três novelas. "Império", "Gênesis" e "Chiquititas" concentram quase 50 dos 68 pontos de audiência à disposição das emissoras abertas e pagas na faixa das 21h30. O melhor que a RedeTV! poderia fazer nesse cenário é exibir um telejornal, como fez na maior parte da sua história.

Exibido original às 21h00, o "RedeTV! News" tinha médias de 3 pontos de audiência e brigava em pé de igualdade com Record e SBT. Em 2005, durante o auge de "América", era comum o noticioso aproveitar a ausência de concorrentes diretos -- o "SBT Brasil" e o "Jornal da Record" eram transmitidos mais cedo -- para beliscar a vice-liderança momentaneamente. Fazia bem ao "Superpop", à época diário, e deixava caminho livre para o "TV Fama" atrair os espectadores que não queriam assistir às notícias de Band, Record, SBT e Globo.

Em abril, a Band registrou três vezes mais audiência que a RedeTV! em São Paulo: 1,71 a 0,57 na média 24 horas. Em março, outra lavada: 1,88 a 0,63. A hora de reagir é agora.