No Emmy do hype, "Game of Thrones" triunfa mais uma vez

A  Academia de Artes e Ciências Televisivas entregou, pelo segundo ano consecutivo, o Emmy de melhor série dramática para os produtores de "Game of Thrones".

A vitória, oficializada no último domingo, colocou os dragões e mamilos de George R. R. Martin no mesmo patamar de "Família Soprano", premiada em 2004 e 2007, e um degrau acima de "Homeland", ganhadora da edição de 2012.

Beneficiada pelo novo sistema de votação da premiação, que privilegia o hype em detrimento da qualidade, "Game of Thrones" deve encerrar sua trajetória com os mesmos quatro prêmios de "The West Wing", uma das principais grifes da legítima era de ouro da televisão americana.

O frenesi que apaga o mérito dos bons dramas - "Better Call Saul" é inquestionavelmente o grande roteiro em atividade - ajuda também a mascarar os defeitos mais evidentes das minisséries. "Fargo" perdeu o troféu para "American Crime Story: The People vs. OJ Simpson", versão bem acabada do nosso "Você Decide".

Tatiana Maslany, protagonista de "Orphan Black", levou o Emmy de melhor atriz em série dramática. Fez par com o não tão jovem Rami Malek, líder da popular - sobretudo nas redes sociais - "Mr. Robot". "Game of Thrones" sequer deu o ar da graça nessas duas disputas.

Falta pouco para o Globo de Ouro perder o título de premiação mais errática do showbizz americano.