No auge, Fórmula 1 tinha programa em horário nobre e superava audiência de novela e futebol
Prestes a sair da TV aberta, a Fórmula 1 permaneceu alguns anos como principal produto esportivo da Globo.
Em 1991, ano do tricampeonato mundial de Ayrton Senna, as corridas transmitidas pela emissora atingiam médias de 30 pontos na Grande São Paulo. Nas madrugadas, o share rompia a barreira dos 90%. Nas tardes de domingo, nem Silvio Santos era concorrente à altura. O SBT era presa fácil do GP do Canadá e apanhava de 40 a 20 do GP do Brasil.
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Boletim ancorado por Reginaldo Leme, o “Sinal Verde” refletia o sucesso da categoria. A edição exibida na véspera da prova de Interlagos manteve média de 41 pontos, com picos de 43. Foi a quinta maior audiência da Globo naquela semana, atrás do “SP Já” (precursor do “SP TV”), de duas edições do “Jornal Nacional” e da novela “Meu Bem, Meu Mal”, que era exibida às 20h30. "Gente Boa" e "Lua Cheia de Amor", folhetins exibidos às 18h e 19h, perderam para o automobilismo. O futebol, idem.
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Atualmente, a Fórmula 1 tem espaço reduzido na Globo. Apenas as corridas são exibidas na íntegra. O “Sinal Verde”, extinto em 2002, está no céu dos programas, junto com o treino classificatório, que só dá as caras em época de GP do Brasil. Não é o fenômeno de audiência de outrora, mas mantém a liderança e fatura muito dinheiro.