MTV Brasil da Viacom completa dez anos amorfa

Falar da falta que a velha MTV Brasil faz é chover no molhado. Nossa MTV era muito melhor que a americana e só era superada pela versão latina, distribuída na extinta DirecTV. E é por isso que é tão doloroso assistir à MTV tocada pela Viacom.

Exceção feita aos programas de pegação, tipo “Are You The One?” e “De Férias Com Ex”, absolutamente nada da nova MTV tornou-se popular. O “Adotada” era uma variação aborrecida do “Troca de Família”. O programa de namoro do Supla era qualquer coisa entre a RedeTV! e aquele reality da VH1 com o Flavor Flav. O “Coletivation” tinha Fiuk. Nem clipe a Viacom sabia exibir —a programação de 2013 tinha mais séries de vampiro do que faixas musicais.

Com 0,01 de ibope, o equivalente a 7 mil telespectadores por minuto no PNT, a nova MTV sobrevive da segmentação. O público do canal tem entre 18 e 34 anos, é economicamente ativo e e pertence às classes A e B. Tudo o que os fabricantes de bebidas alcoólicas, camisinhas e cosméticos pediram a Deus (e às agências de publicidade).

O próximo projeto da madrasta da MTV Brasil é a releitura do “Beija Sapo”. A julgar pelo VMB dela (o infame Miaw) e pelos acústicos horrorosos produzidos nesses dez anos, vem outra bomba por aí.