A bancada de jurados é o calcanhar de Aquiles do X Factor Brasil, novidade da Band e do TNT.
Contratado para ser o Simon Cowell da turma, Rick Bonadio cumpre a função técnica de distribuir críticas para os competidores do programa e cavar novos fenômenos da indústria. É o esteio técnico.
Paulo Miklos encarna o diretor de "Só Por Uma Noite", personagem do clipe homônimo do Charlie Brown Jr, o tempo todo. Blasé, não consegue diferenciar elogios e críticas, confundindo os telespectadores e os cantores.
Di Ferrero desempenha o papel do cara gente boa que distribui afagos e mensagens de autoajuda para os desafinados. É quem melhor cumpre o briefing. Alinne Rosa ocupa a tradicional cadeira da diva pop que fala o que pensa mesmo quando não tem razão alguma.
Nenhuma competição na categoria do "X Factor Brasil" se estabelece sem jurados e candidatos interessantes. Os modernos "Ídolos" e "The Voice Brasil" e os modestos "Programa Raul Gil" e "Show de Calouros" só fizeram história na televisão porque mobilizaram talentos da opinião e do gogó.
Fernanda Paes Leme e Maurício Meirelles conduzem muito bem o show, mas não encontraram - nem poderiam - a fórmula para compensar o baixo nível do casting. São vítimas, como o público.
Com médias de 3 pontos no ibope, "X Factor Brasil" passa longe do sucesso do "Masterchef". Tem, entretanto, enorme aceitação do mercado. Pelo menos alguém está afinado no Morumbi: o departamento comercial.