Difícil vai ser substituir Galvão Bueno
Saiu na imprensa que a CBF aceitaria esperar alguns meses para poder contar com Carlo Ancelotti, manda-chuva do Real Madrid, na seleção. É como se o Marquito emitisse um comunicado afirmando que topa aguardar o fim da próxima turnê da Dua Lipa para saber se ela deseja ou não namorá-lo. As eliminatórias da Conmebol são feias como as caretas do Marquito. Por que diabos Carlo Ancelotti trocaria a UEFA Champions League, bela como a Dua Lipa, por um atraso de vida em Caracas? O golpe está aí. Cai quem quer.
Falando em quedas, hoje a TV brasileira perdeu seu melhor narrador. Galvão Bueno disse adeus às transmissões esportivas da Globo com uma final do tamanho do seu talento. Existe Silvio Luiz, o legendador de imagens. E existiu Galvão Bueno, o ressoador de emoções.
A aposentadoria do Galvão Bueno é muito mais custosa para a seleção brasileira do que o revés para a Croácia na Copa do Catar. Depois do penta, em 2002, os torcedores se acostumaram a perder títulos de forma esdrúxula (pela ordem: meião do Roberto Carlos; chilique de Felipe Melo; 7 a 1; nó tático da Bélgica; e empate faltando quatro minutos). Haverá o mesmo empenho em 2026, sem a companhia de Galvão, último fator de identificação de uma equipe, agora sim, completamente sem rumo? Duvido muito.
A seleção brasileira está sem treinador e sem voz. É bom que os títulos voltem logo, pois nunca mais haverá outro Galvão Bueno.