Band bateu recorde de audiência no penúltimo debate eleitoral exibido num domingo

A decisão da Band de exibir os debates eleitorais deste ano aos domingos é embasada por uma bem-sucedida experiência colocada em prática em 2006.

Naquele ano, Lula (PT) e Alckmin (PSDB) disputavam o segundo turno da campanha presidencial. De olho na rivalidade entre petistas e tucanos, acirrada pelo escândalo do dossiê, a rede paulista decidiu anetcipar o encontro dos candidatos, comumente realizado às quintas-feiras, para um domingo, no horário do "Fantástico". Resultado: recorde de público em São Paulo, com 16 pontos de média e picos de 22 -- o índice encolhe para 14 se levarmos em conta o pré-evento. Só Globo (26) e SBT (17) ficaram à frente.

Cravar 16 pontos de média em 2022 é muito mais difícil do que era em 2006. Há mais concorrência e menos televisores ligados hoje. O cerne da mudança da Band passa pela fragilidade da programação da Globo. O "Fantástico" sofre para chegar aos 20 pontos. E o vice-líder, o "Domingo Espetacular", rebola para bater em dez. Quatro anos depois, a Band repetiu a dose, colocando Serra e Dilma cara a cara. O índice foi bem menor: 4 pontos.

O calendário eleitoral da Band prevê um debate estadual no dia 7 de agosto e um debate entre presidenciáveis uma semana depois. Além do encontro dos candidatos mais citados nas pesquisas, a emissora trabalha para verticalizar a grade de programação, já que nesses dois finais de semanas não haverá GP de Fórmula 1.

"Criamos os domingos eleitorais que são verdadeiras maratonas eleitorais, onde nós vamos ter repórteres entrando o tempo todo até a hora do debate. E um horário que o Brasil inteiro vai poder ver o debate e depois o Canal Livre Especial com representantes dos candidatos desenvolvendo as ideias apresentando nos debates", explicou Fernando Mitre, chefão do jornalismo da Band.