Petista outra vez, TV Brasil encolhe 44% e já perde pra RedeTV!

A TV Brasil deixou de ser a quinta maior rede de TV do Brasil, de acordo com a pesquisa nacional da Kantar Ibope Media, produzida a partir dos registros dos quinze terminais de audiência espalhados nas cinco regiões do país. Em setembro, o canal público amealhou apenas 0,22 ponto na faixa das 6h às 6h, ficando atrás da RedeTV!, que havia perdido a quinta colocação em 2022 e agora tem 0,24 ponto de média. Entre janeiro e setembro, apontam os dados obtidos pelo Teleguiado, o tombo é de impressionantes 44% --SBT, Globo e Record, canais mais sujeitos a variações de público, não caíram tanto em tão pouco tempo.

A má audiência da TV Brasil está diretamente ligada ao método petista de administração de emissoras públicas. No começo do ano, executivos da EBC deixaram claro que as novelas bíblicas da Record, que atingiam máximas de até 2 pontos no Rio de Janeiro, seriam substituídas por produções mais elitizadas. Hoje, a TV Lula investe em debates com Leandro Demori e outros teóricos do traço, repetindo a ópera bufa captada pelo Teleguiado dez anos atrás.

Os números da TV Brasil estão aquém do esperado nas principais metrópoles do país. Em São Paulo, até os cultos da RIT dão calor na programação estatal. No Rio de Janeiro, onde a situação é ligeiramente melhor (ou menos dramática), é relativamente comum a CNT engrossar o caldo para os burocratas da EBC.

O fim da TV Brasil nunca esteve no horizonte do PT. Nem poderia estar. Lula preferiu desmontar a TVE, referência em programação infanto-juvenil educativa, para levar adiante o sonho (caduco) de lançar a BBC tupiniquim. Um dos feitos da estatal no governo Dilma foi a contratação de Emir Sader, acadêmico (?) que nunca escondeu o apreço ao partido dos trabalhadores.

Ironicamente, a RedeTV! consegue recuperar a quinta colocação no ibope nacional sem precisar se esforçar. Somente "A Tarde é Sua", "Superpop", "Operação de Risco", "João Kléber Show" e "Teste de Fidelidade" atingem de forma consistente médias superiores ou próximas a 1 ponto. A programação, apesar dos tropeços, melhorou ligeira e discretamente. Ronnie Von, Bundesliga e NFL estão longe do grande público, mas dão tônus qualitativo ao departamento comercial de Amilcare Dallevo e Marcelo de Carvalho.