A revolução de "Game of Thrones" não é a mesma de "Família Soprano"
Cobrar dos roteiristas de "Game of Thrones", D.B. Weiss e David Benioff , a genialidade de David Chase em "Made In America", episódio final de "Sopranos" é um disparate.
Maior audiência da história da HBO, "Game of Thrones" pertence ao reino da fantasia, da cultura pop, da verve geek. Não é literatura, como "Sopranos". É entretenimento em estado puro, com dragões, nudez, um protagonista que parece a versão britânica de Murilo Benício e reviravoltas dignas de "Kubanacan", novela de Carlos Lombardi.
Tony e Carmela Soprano garantiram à HBO a revolução das séries premium. Jon Snow e Daenerys Targaryen, o ingresso e o sequestro da geração buzz, escancarada por "The Walking Dead" em 2010. Estão, por razões particulares, eternizadas na história da TV, mas não permitem comparação.