Boris Casoy chamou Monark de "idiota, despreparado e canalha" no Jornal do Boris desta quinta-feira. É pouco. Monark é imbecil, estúpido, burro. Defendê-lo é desrespeitar as vítimas do nazismo e esfregar merda na cara da liberdade de expressão.
O Flow acabou. O nome do podcast que popularizou as entrevistas "de boteco de bar" está mundialmente associado ao nazismo. Para limpar a sujeira, Monark culpou o álcool. Disse que estava bêbado e por isso não mediu as palavras. Que covardia... com a cerveja. 24 horas depois do merecido bombardeio, surgiu no Twitter reclamando do "linchamento desumano" da mídia. Só me resta perguntar: e a liberdade de expressão?
Monark não é nazista, mas assume, ainda que não entenda assim, posições simpáticas ao nazismo. Ora, quem aparece no vídeo dizendo que partidos nazistas devem ser reconhecidos pela lei brasileira está, sim, apoiando a psicopatia liderada por Adolf Hitler. Permitir que gente tresloucada se reúna para apregoar contra gays, negros, judeus e outros grupos é, sim, apoiar a "ideologia" ariana. Neste caso, não basta estar do lado de fora do campo de concentração. É necessário proibir que grupos se sintam no direito de construir campos de concentração.
A ideia do "é melhor conhecer o inimigo a deixá-lo nas sombras" é outra estultice de marca maior defendida pelo youtuber. Peguemos a Alemanha, que sabe como ninguém os efeitos do nazismo, como exemplo. O Código Penal Alemão proíbe que cidadãos neguem publicamente o Holocausto e compartilhem propaganda do regime. Partidos nazistas e neonazistas são formalmente vetados pelo Tribunal Constitucional Federal, equivalente ao nosso STF. Se na Alemanha essa tática deu certo, por que o Brasil, que não controla o furto de canetas Bic em casas lotéricas, ofereceria exemplo melhor?
No mesmo episódio do "Flow" em que defende a criação de partidos nazistas, Monark se gaba de poder falar o que quiser sem chamar atenção da sociedade. Isso não é cerveja. Tampouco burrice. É arrogância. Nas próximas semanas, ele e todos os podcasters vão ter muito mais trabalho para convencer os anunciantes a trocar a mídia tradicional pelo "rolê alternativo". As grandes marcas já descobriram que a economia em merchandising não cobre o tempo e o dinheiro perdidos com o gerenciamento de crise eventualmente causado por um irresponsável. Por causa de um idiota, dezenas de produtores de conteúdo sairão perdendo.