O youtuber é o uber da comunicação. Ele não tem carteira assinada no YouTube, apenas recebe pelo que produz. Tem liberdade para trabalhar na frequência que bem entender, mas deve seguir regras. Falta pouco para sindicalizarem o Uber. O YouTube não fica muito atrás.
Monark enriqueceu graças ao YouTube. Nenhuma outra plataforma conferiria a ele a liberdade necessária para o Flow Podcast explodir em audiência e relevância. Se ele realmente acha que é intocável e impassível e que fumar maconha e defender a legalização dos partidos nazistas no Brasil são transgressões com a mesma equivalência, só posso concluir que estamos fadados à mendicância intelectual. Que o cérebro do nobre podcaster perdeu todos os neurônios.
A internet é um grande coliseu, que fica perigosamente mais lotado em temporadas de cancelamento. Monark, diferentemente da franca maioria, não foi arrastado para o centro da barbárie. Ele escolheu estar lá. Pouco importa se este ou aquele youtuber também repete bobagens. Dois erros não fazem um acerto. E o despautério nazista perpassa a balança ideológica. Gravar vídeos chorosos culpando o álcool pelo disparate é melancólico.
A liberdade de expressão é fator fundamental para o desenvolvimento social e intelectual de qualquer nação. O que aconteceu com Monark nada tem a ver com o Estado ou as leis brasileiras. Se o YouTube passa pano para terceiros, o problema passa a ser do mercado. O mesmo mercado que encheu os bolsos de Monark quando ele era um pouquinho mais prudente.
Chega de confundir liberdade de expressão com algazarra.