O pronunciamento feito por Jair Bolsonaro nesta quarta-feira pareceu uma homenagem do Palácio do Planalto a Odorico Paraguaçu, icônico personagem de "O Bem Amado".
Alheio à realidade, o presidente de Sucupira mandou abraços para o CEAGESP, deu boas-vindas à Copa América e abriu o clipping do Ministério da Infraestrutura para listar obras que seriam entregues com ou sem pandemia.
Não que Odorico Bolsonaro tenha evitado o tema "Covid". De olho em João Doria, seu arqui-inimigo imaginário, o prefeito do Brasil garantiu que todos os brasileiros serão vacinados e repetiu as críticas de sempre ao isolamento social. Pfizer? Nenhuma palavra. Aprovação emergencial da demonizada Coronavac? Zzzzz.
Às voltas com transposições de rios e duplicações de rodovias, Bolsonaro está a um cemitério de superar Paraguaçu no imaginário popular. Com a (indi)gestão de crise do governo federal, gente para preencher essas covas é o que não iria faltar.