Felipe Neto declarou guerra a Herman Melville, autor de "Moby Dick". Indignado com os "parágrafos profundamente racistas" do livro, a Xuxa da cultura woke pediu ajuda de especialistas para decidir o futuro do clássico.
"Queria perguntar uma coisa para quem entende verdadeiramente de literatura. Vi parágrafos profundamente racistas em 'Moby Dick', continuei a leitura do livro de nariz torcido, estou realmente incomodado. O livro é de 1851. O que é recomendado em casos assim? Como vocês avaliam?", provocou.
Se o Brasil fosse um país sério, nossos especialistas em literatura recomendariam a Felipe que enfiasse o livro no rabo e parasse de encher o saco. Como o Brasil é o que é, nossos doutores sugeriram sequestrar 'Moby Dick', ressignificando o trabalho original.
Não sei em que momento a arte passou a ser confundida com o shampoo Johnson & Johnson para bebês, mas é fato que essa percepção está ganhando força. Piadas, livros, filmes, músicas... Tudo que nasceu antes do Twitter é triturado por uma geração que só fala em tolerância e pluralidade quando lhe convém. Ninguém está disposto a entender o contexto dos filmes, das músicas e dos livros dos séculos 19 e 20. O grande barato é colocar todos no balaio do fascismo (ou de outro 'ismo' qualquer) e distribuir pauladas. Não existe discussão pela evolução. Os filhos da cultura woke são a própria evolução.
A saber o que Felipe Neto tem a dizer sobre "Crime e Castigo". E "Menino Maluquinho".