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F1: Por que é que os times querem que os rivais paguem a conta pelos acidentes?

A Fórmula 1 é um dos eventos esportivos mais disputados do planeta, e nas últimas provas da modalidade, a construtora Red Bull teve um dos seus veículos praticamente destruído em um acidente que Lewis Hamilton, piloto da Mercedes, foi considerado o principal causador. Posteriormente, teve os seus dois carros danificados em outra batida, desta vez […]

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A Fórmula 1 é um dos eventos esportivos mais disputados do planeta, e nas últimas provas da modalidade, a construtora Red Bull teve um dos seus veículos praticamente destruído em um acidente que Lewis Hamilton, piloto da Mercedes, foi considerado o principal causador. Posteriormente, teve os seus dois carros danificados em outra batida, desta vez causada por Valtteri Bottas. Já o piloto da Ferrari, Charles Leclerc, também teve seu carro extremamente danificado por Lance Stroll, da Aston Martin.

Os prejuízos milionários por conta de acidentes causados pelos adversários sempre ocorreram na F1 e em outras categorias do automobilismo. Porém, a partir deste ano, as escuderias terão que respeitar um limite de gastos. Dessa forma, os chefes das equipes estão um tanto furiosos, e passaram a fazer solicitações à Federação Internacional de Automobilismo (FIA), para que ela encontre alguma forma de compensá-los pelos prejuízos dados pelos rivais.

A Red Bull propôs descontar o valor do reparo dos seus veículos acidentados do teto de gastos. Já a Ferrari aponta que tal medida é difícil de ser fiscalizada. Desta forma, o melhor seria fazer com que os responsáveis pelas batidas paguem pelo conserto, algo semelhante ao que acontece em um acidente de rua. Os acidentes interferem diretamente no resultado das corridas e, por isso, além do descontentamento das equipes, os resultados dessas duas últimas provas não devem ter deixado os palpiteiros nada satisfeitos, já que eles aproveitam bônus em sites como o cassino da bet365, que também é válido para as apostas esportivas, para aumentarem suas chances de sucesso. 

O que dizem os chefes de equipe?

"É muito frustrante e obviamente brutal por conta do teto orçamentário. Isso reafirma que, quando você tem um acidente que não é seu, você está pagando um preço significativo por isso. É algo que não estava no orçamento e é algo que precisa ser olhado em mais detalhes pela FIA.", disse Christian Horner, chefe da Red Bull.

Mattia Binotto, chefe da Ferrari, afirma que concorda em partes com o colega inglês. Ele ressalta que é preciso conversar com os demais chefes de equipes, a F1 e a FIA, para se chegar a um consenso. Mas, se você não é o culpado por um acidente, e ainda tem que cobrir os custos do reparo, as consequências para o orçamento são desastrosas. Dessa forma, ele questiona qual seria a melhor solução, Binotto acredita que o melhor método é a equipe do piloto que causou o acidente pague pelos consertos, fazendo eles sejam mais responsáveis nas pistas de corrida.

Ainda haverá muita discussão acerca do tema, já que primeiro é preciso entender como seria feita a cobrança na prática. Se um piloto A for considerado predominantemente culpado pelo acidente, é muito possível que haja atenuantes, como a condição de pista. Com isso, será que seria possível pagar somente uma parcela dos danos nos casos em que a culpa fosse dividida?

Outro ponto, é que até hoje as equipes fazem bastante pressão quando seus pilotos recebem punições de tempo durante as corridas, agora imaginem todo o imbróglio que ocorrerá para pagar os reparos do veículo dos adversários? Sem colocar em pauta a desconfiança de que uma equipe poderia contabilizar mais peças num orçamento do que aquelas que realmente foram danificadas.

É bastante compreensível que os chefes das escuderias estejam irados com os desfechos das últimas corridas, e é ainda mais incrível que somente agora a questão dos danos por acidente entre com tanta urgência nas pautas de discussões. Porém, as propostas tanto da Ferrari quanto da Red Bull parecem algo dito no calor do momento, e que não devem encontrar base entre os colegas para seguir adiante.