O ex-presidente Fernando Collor disse, em entrevista ao "The Noite", que a elite financeira teve mais influência para seu impeachment do que o Movimento dos Caras Pintadas. Hoje Senador, o alagoano definiu o choque causado pela abertura de dois mercados – o automotivo e o tecnológico – como estopim para a ofensiva.
"Quem trabalhou pela queda, pelo meu afastamento, não foi a oposição. A oposição fez o barulho. Quem trabalhou na surdina, de forma eficiente, foi a elite que ficou extremamente magoada quando quebrei as reservas de mercado (...) O Movimento dos Caras Pintadas foi uma manifestação estético-cultural, que serviu para dar uma moldura ao que de fato interessava, que era a articulação desses setores poderosos, que tiveram seus interesses contrariados", resumiu.
A íntegra da entrevista está disponível no vídeo abaixo. O livro "Passando A Limpo", as articulações no Congresso, a polêmica em torno dos debates de 1989 e a relação com os demais ex-presidentes da redemocratização são alguns dos temas abordados.