A feira da covardia de Jaraguá do Sul
Ser desconvidado de uma feira literária em Jaraguá do Sul não é um pesadelo. É um alívio. Derrubar o ferro de passar na roupa no pé descalço, trocar a borracha da porta da geladeira e ouvir aquele disco solo do Renato Russo são atividades mais enriquecedoras que uma feira literária em Jaraguá do Sul. O que incomoda na história de Miriam Leitão é a postura dos organizadores do evento.
É improvável que 2% dos moradores de Jaraguá do Sul tenham, de fato, se mobilizado para assinar um documento contra Miriam Leitão. O DNA desses levantes, outrora organizados pela esquerda, é a fraude. Quem adere a campanhas como "Quem Financia A Baixaria É Contra A Cidadania" (2003) e "Fora, Yoáni Sanchez" (2013), para citar dois exemplos relativamente antigos, é o militante profissional, que dedica a vida à causa de seu mentor. Como os brasileiros não resistem ao charme de um coronel e são capazes de matar a própria mãe em troca de um carguinho público, arrumar mão de obra para o falseamento da opinião pública nunca é problema. Os organizadores do evento sabem disso. Mesmo assim, para estupor geral, aceitaram abaixar a cabeça para baderneiros covardes, que só fazem espuma na internet, atrás de pseudônimos chulos e avatares coloridos.
A atitude patética dos literatos de Santa Catarina deu aos degenerados da democracia a sensação de poder. E, para nossa segurança, degenerados não podem pensar que são poderosos.